Já passam mais de 25 anos de quando os professores de Harvard Robert Kaplan e David Norton desenvolveram os conceitos e fundamentos do BSC (Balanced Scorecard). Um método para medir o desempenho das organizações que acompanhava a tendência do mercado de valorização das empresas da era da informação e do conhecimento. Basicamente quebrava os paradigmas de analisar as empresas unicamente por seus dados financeiros e contábeis e passava a considerar outros elementos (perspectivas) que serviam de alavanca para melhorar os resultados finais desejados.
Algumas pessoas podem até considerar o BSC um método ultrapassado ou antigo, porém sua importância e disseminação nos negócios é representativa. Nem Jesus foi unânime. Organizações dos mais variados segmentos e portes utilizam esta ferramenta para gerenciar sua estratégia e melhorar sua gestão. Este método atua diretamente nos pontos que tradicionalmente interferem no sucesso e na evolução da empresa.
Um dos grandes problemas, quando pensamos em executar o planejamento estratégico, é a dificuldade que muitas pessoas têm em entender os rumos e objetivos da organização. Atividade normalmente executada pela alta administração e pouco compartilhada nos níveis inferiores. O entendimento, deste plano, é fundamental para que todos os colaboradores saibam como suas tarefas estão contribuindo e sua importância neste processo. Desta forma, o impacto motivacional agrega poder na iniciativa gerencial.
A cultura e as lideranças são pontos que irão impactar diretamente na forma que a organização planeja e executa sua estratégia. Modelos antigos, já ultrapassados, são baseados em ciclos anuais (ou até em períodos maiores) de planejamento e com acompanhamento mensal via orçamento financeiro também conhecido como budget. Somente dados contábeis e financeiros são utilizados para monitorar o desempenho. As pessoas devem perceber que os resultados financeiros somente são alcançados envolvendo uma relação de causa e efeito entre as diversas forças da organização. Veja que os resultados financeiros são provenientes das vendas que dependem de termos clientes satisfeitos, novos clientes e maiores pedidos de venda. Para obtermos clientes satisfeitos e mais vendas, precisamos de processos de qualidade e eficientes. Agora, para termos processos eficientes, precisamos de pessoas capacitadas e motivadas e da correta identificação das bases de conhecimentos e de tecnologias do nosso negócio. Tudo isso em uma cadeia que relaciona os objetivos estratégicos. Todas as ações, na base desta cadeia, geram resultados no topo. Simples e direto.
Lideranças fortes e comprometidas com a metodologia garantem que os colaboradores também ficarão atentos e comprometidos com a estratégia, gerando uma sinergia no planejamento e execução das ações. Tornar a gestão da estratégia um processo diário, e de todos, é mais um dos fundamentos do Balanced Scorecard. As mudanças de mercados, produtos, materiais, concorrentes, políticas etc. ocorrem muito rapidamente, e não podemos esperar vários meses para agir e seguir novos rumos. Agilidade e inovação são diferenciais das organizações modernas.
O que é o BSC (Balanced Scorecard)? É uma tabela de indicadores equilibrados. Agora sim complicou!!! Vamos por partes: Indicadores que medem objetivos da organização e possuem metas. Os objetivos são do tipo financeiro e não financeiro (balanceados), com valores de curto, médio e longo prazos. Os objetivos são conectados em uma relação de causa e efeito que traduzem uma hipótese estratégica. Para o atingimento das metas, devemos definir iniciativas (projetos) que geram mudanças no status-quo forçando a caminhada em direção da visão definida.
Desta forma, criamos um mapa que pode ser lido e decifrado pelos colaboradores com muita facilidade. Também conhecido como Mapa Estratégico, ele pode ser desdobrado em níveis hierárquicos e por unidades de negócio fazendo que a visão corporativa seja alinhada em toda organização.
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Até o próximo artigo.
Klaus Dieter Wächter