Uma Nova Era para a Área Financeira: Abraçando a Parceria de Negócios Digital
O papel dos profissionais de Finanças está evoluindo em uma velocidade sem precedentes. Se antes eram vistos principalmente como responsáveis por transações e relatórios financeiros, hoje as equipes financeiras precisam atuar como conselheiros estratégicos, influenciando decisões em toda a organização.
A parceria de negócios digital tornou-se essencial para maximizar o impacto no planejamento e análise financeira (FP&A).
Com os avanços em automação, inteligência artificial e análises em tempo real, a área Financeira deve ir além da análise histórica e adotar uma abordagem preditiva e orientada por dados. Essa transformação exige não apenas domínio técnico, mas também profundo conhecimento de negócios, habilidades de comunicação e capacidade de influenciar stakeholders de forma eficaz.
Neste eBook, exploraremos temas discutidos no webinar da Jedox “Por que a parceria de negócios digital é o futuro do FP&A”, com insights de Anders Liu-Lindberg, especialista em FP&A e fundador do Business Partnering Institute.
Abordaremos:
- A evolução de “guardião dos números” para parceiro de negócios.
- A “fórmula da parceria de negócios” de Liu-Lindberg.
- O papel da hiperautomação.
- As habilidades essenciais para os profissionais de Finanças prosperarem na era digital.
A Evolução dos Papéis na Área Financeira
Historicamente, a principal função de Finanças era acompanhar e reportar o desempenho financeiro — atuando como um “guardião dos números”, registrando transações, garantindo conformidade e gerenciando orçamentos.
Porém, com a necessidade crescente de insights estratégicos, Finanças precisa se posicionar como um parceiro de negócios, contribuindo ativamente para decisões estratégicas.
A evolução dos papéis da área Financeira:
- Guardião dos números: Processamento de transações, relatórios financeiros e conformidade.
- Comentarista: Identificação de tendências, explicação de variações e análises históricas.
- Conselheiro de confiança: Recomendações baseadas em dados, com responsabilidade limitada.
- Parceiro de negócios: Integração profunda com stakeholders, fornecimento de insights proativos e influência nas decisões.
Nas palavras de Liu-Lindberg: “Algumas empresas avançaram tanto na parceria de negócios que já nem a chamam assim — ela simplesmente acontece.”
Então, como sua área Financeira pode fazer essa transição? Vamos aprofundar.
Da Função de “Guardião dos Números” ao Papel de “Parceiro de Negócios”
No passado, Finanças era vista principalmente como uma função de back-office, focada em tarefas operacionais e de conformidade.
Hoje, as equipes financeiras devem se envolver diretamente com as unidades de negócios, oferecendo suporte estratégico valioso. Isso exige o desenvolvimento de novas competências, como:
- Colaboração e gestão de stakeholders: Trabalhar de perto com times operacionais para alinhar estratégias financeiras aos objetivos do negócio.
- Tecnologia e análise de dados: Utilizar IA e automação para gerar insights e aumentar a eficiência.
- Storytelling e comunicação: Traduzir dados financeiros em narrativas que apoiem decisões estratégicas.
- Proatividade e resolução de problemas: Sair da postura reativa para adotar uma abordagem preditiva e de geração de valor.
Um parceiro de negócios eficaz não apenas aponta problemas — ele trabalha ao lado dos líderes para cocriar soluções.
Em vez de apenas relatar que os custos aumentaram, o parceiro investiga as causas e colabora para desenvolver ações que otimizem despesas e impulsionem a lucratividade.
As equipes modernas de Finanças precisam abraçar essa transformação para manter sua relevância e gerar impacto real. Quem se adaptar, terá seu papel elevado de função de conformidade a protagonista do sucesso organizacional.
A Fórmula da Parceria de Negócios
Impacto é sobre melhorar a tomada de decisão e maximizar o valor.
No entanto, boas decisões nem sempre garantem bons resultados, devido a inúmeros fatores que podem influenciar o desfecho. Assim, as equipes de Finanças precisam acompanhar os resultados, ajustar estratégias e fortalecer a execução sempre que necessário.
Aliás, mesmo quando os resultados esperados são alcançados, Finanças deve buscar superar as metas. E quando ficam aquém, é essencial analisar as causas e corrigir o rumo.
Por que Finanças precisa mudar de relatórios históricos para suporte proativo à decisão
O tradicional fechamento contábil mensal oferece apenas uma visão do passado. Porém, os líderes de negócios hoje precisam de análises em tempo real e orientadas para o futuro.
O problema dos relatórios financeiros retrospectivos é que eles não permitem decisões ágeis e baseadas em dados — algo essencial no ambiente de negócios dinâmico e competitivo atual.
As equipes financeiras devem ajudar a responder “E agora?”, em vez de apenas “O que aconteceu?”. Para isso, precisam mudar o foco: sair da explicação de variações passadas para a previsão de cenários futuros, identificação de riscos e recomendação de ações estratégicas.
Principais razões para essa mudança:
- Líderes de negócios exigem insights em tempo real
Aguardar o fechamento mensal significa perder oportunidades. Finanças precisa apoiar decisões no momento em que elas são necessárias.
- Transição do planejamento estático para o dinâmico
Previsões e orçamentos tradicionais se tornam rapidamente obsoletos. Finanças deve adotar previsões contínuas e adaptáveis a novos dados.
- Mudança de métricas para impacto no negócio
Em vez de apenas monitorar KPIs, a área financeira deve gerar recomendações práticas que impulsionem o sucesso empresarial.
- Suporte à tomada de decisão baseada em dados
Os profissionais de Finanças devem analisar tendências, modelar cenários e aconselhar sobre riscos e oportunidades antes que eles aconteçam.
Exemplo prático
Em vez de apenas relatar que as vendas caíram 5% no último trimestre, um verdadeiro parceiro de negócios faria:
- Análise das causas da queda, identificando produtos, regiões ou tendências de mercado específicos.
- Colaboração com as áreas Comercial e de Marketing para desenvolver estratégias corretivas.
- Uso de análises preditivas para avaliar o risco de novas quedas e sugerir ações para mitigá-las.
- Apresentação de insights de forma a influenciar a tomada de decisão — focando em soluções, não apenas em revisões do passado.
Ao adotar essa postura, as equipes de Finanças deixam de ser apenas analistas financeiros e se tornam conselheiros estratégicos, impulsionando o negócio para o futuro.
O Papel da Hiperautomação no FP&A
A hiperautomação — integração de inteligência artificial (IA), automação robótica de processos (RPA) e análises avançadas — é essencial para fortalecer a variável “insights” dentro da fórmula da parceria de negócios.
Ao automatizar tarefas repetitivas e demoradas, a hiperautomação não apenas elimina ineficiências como também libera tempo precioso para que os profissionais de FP&A se concentrem em atividades mais estratégicas, como:
- Construção de relações mais fortes (“influência”);
- Apoio mais efetivo à tomada de decisão (“impacto”).
Segundo uma pesquisa da BARC, 41% dos profissionais de Finanças gastam tempo excessivo em processos manuais e conciliações de dados, enquanto 39% apontam a falta de consistência nos dados como um desafio.
A hiperautomação soluciona essas questões ao:
- Simplificar processos financeiros;
- Melhorar a consistência dos dados;
- Reduzir o tempo gasto em tarefas rotineiras.
Com isso, as equipes financeiras podem se dedicar mais ao business partnering e a decisões proativas.
Em resumo, a hiperautomação atua como um amplificador da função de FP&A, elevando o papel de parceiro de negócios tradicional para um nível mais avançado: o de parceiro digital de negócios.
Essa evolução permite que os profissionais de Finanças usem dados e tecnologia para promover conversas mais estratégicas e baseadas em dados com os líderes de negócio.
A transição dos processos baseados em Excel para o planejamento e previsão em tempo real
Embora as planilhas continuem sendo amplamente utilizadas, elas apresentam diversos desafios: problemas de controle de versões, lentidão no processamento e falta de colaboração em tempo real.
Por isso, cada vez mais equipes de Finanças estão migrando para plataformas integradas de planejamento financeiro, que oferecem:
- Consolidação automática de dados;
- Previsões orientadas por IA;
- Análises de cenários em tempo real;
Detecção avançada de anomalias e avaliação de riscos.
Estudos de Caso
Empresas que estão hiperautomatizando com sucesso processos financeiros
Organizações de diversos setores estão utilizando ferramentas de hiperautomação para otimizar processos financeiros, aumentar a eficiência e melhorar a tomada de decisão estratégica.
Dois exemplos notáveis são a Libra Industries e a Boomers Parks, que implementaram com sucesso a plataforma Jedox para potencializar suas capacidades de FP&A.
LIBRA INDUSTRIES
De um planejamento desconectado via Excel para insights em tempo real
A Libra Industries, especializada em integração de sistemas complexos para fabricantes de equipamentos originais (OEMs), enfrentava desafios com processos em Excel, sujeitos a erros, que limitavam a escalabilidade e a profundidade das análises.
Fluxos de trabalho manuais tornavam a consolidação de dados e a geração de relatórios lenta e ineficiente, dificultando a entrega de insights rápidos e precisos. Além disso, dados fragmentados comprometiam análises dinâmicas e impactavam negativamente a capacidade de tomada de decisão.
Com a implementação da plataforma Jedox e a adoção da hiperautomação, a Libra transformou suas operações financeiras — substituindo planilhas estáticas por um sistema integrado e dinâmico.
A consolidação e o planejamento de dados automatizados permitiram à equipe de Finanças simplificar fluxos de trabalho, aumentar a eficiência e focar em decisões estratégicas.
Essa mudança possibilitou a comparação fluida entre previsões, estimativas e dados reais, elevando a capacidade de Finanças de fornecer insights acionáveis. A transformação foi concluída em apenas três meses, reposicionando a área como um ativo estratégico dentro da organização.
BOOMERS PARKS
Aproveitando IA e automação para a transformação financeira
A Boomers Parks, operadora de centros de entretenimento familiar, precisava reformular seus processos de planejamento e análise financeira, prejudicados por sistemas antigos, inflexíveis e pouco confiáveis.
A empresa enfrentava fluxos de orçamento manuais e lentos, além da falta de insights em tempo real sobre o desempenho financeiro.
Ao adotar a plataforma Jedox, a Boomers Parks automatizou a consolidação de dados e a previsão financeira, reduzindo o esforço manual e aumentando a precisão.
Com análises impulsionadas por IA, a equipe de Finanças conseguiu identificar tendências rapidamente, modelar diferentes cenários e fornecer recomendações mais estratégicas à liderança.
Essa transformação permitiu otimizar a alocação de recursos e melhorar a eficiência operacional como um todo, usando modelos preditivos alimentados por inteligência artificial.
Desafios e Considerações na Implementação da Hiperautomação
Embora a hiperautomação ofereça inúmeras vantagens, sua implementação exige planejamento cuidadoso e gestão de mudanças. Entre os principais desafios que as equipes financeiras podem enfrentar, estão:
- Integração com sistemas legados: Muitos times ainda operam com ERPs antigos, que não se integram facilmente a soluções modernas de automação.
- Resistência à mudança: Alguns colaboradores podem recear que a automação ameace seus empregos. É fundamental que os líderes de Finanças comuniquem que a automação vem para fortalecer, não substituir, suas funções.
- Governança e segurança de dados: É crucial garantir que os processos automatizados estejam em conformidade com regulamentos financeiros e práticas de segurança da informação.
- Investimento em capacitação: À medida que Finanças se apoia mais em IA e automação, os profissionais precisarão desenvolver novas habilidades, como análise de dados, gestão de automação e comunicação estratégica baseada em dados.
Olhando para o futuro, a hiperautomação continuará evoluindo — incorporando machine learning, motores de decisão baseados em IA e análises preditivas — para fortalecer ainda mais a parceria de negócios.
Conforme as funções financeiras se digitalizam, a hiperautomação será essencial para permitir que Finanças vá além do trabalho transacional e assuma um papel mais estratégico.
Empresas que adotarem a hiperautomação desde já conquistarão uma vantagem competitiva, transformando Finanças em um habilitador do crescimento e da agilidade dos negócios.
O Futuro da Parceria de Negócios Digital
O Impacto da IA e dos Gêmeos Digitais em Finanças
O futuro da área Financeira será cada vez mais moldado pela inteligência artificial e pelos gêmeos digitais — modelos virtuais que simulam cenários financeiros e operacionais reais.
Insights impulsionados por IA permitirão que as equipes financeiras gerem previsões em tempo real e respondam de maneira proativa às mudanças do mercado.
Nas palavras de Anders Liu-Lindberg:
“Imagine poder clicar em um botão e, instantaneamente, visualizar uma previsão atualizada baseada em dados em tempo real. É para lá que estamos caminhando.”
Essas capacidades baseadas em IA vão revolucionar o planejamento financeiro, possibilitando:
- Modelagem contínua de cenários para avaliar rapidamente o impacto de mudanças de mercado;
- Análise automatizada de variações, identificando desvios e sugerindo ações corretivas em tempo real;
- Integração perfeita entre dados financeiros e operacionais, fortalecendo a colaboração entre Finanças e outras áreas da empresa.
A Importância das Soft Skills: Comunicação, Influência e LiderançaEmbora a tecnologia esteja revolucionando a área financeira, as habilidades humanas continuam sendo insubstituíveis. Um verdadeiro parceiro de negócios deve ser capaz de:
- Construir confiança e relacionamentos sólidos com stakeholders;
- Apresentar dados financeiros complexos de forma clara e acessível;
- Influenciar tomadores de decisão ao alinhar estratégias financeiras aos objetivos estratégicos da organização;
- Promover a colaboração entre áreas e eliminar barreiras departamentais.
Para se manterem relevantes, os profissionais de Finanças precisam aprimorar continuamente tanto suas competências técnicas quanto de liderança, garantindo que possam navegar pelas complexidades da transformação digital sem perder a abordagem centrada nas pessoas.
Como os Profissionais de Finanças Podem Agir Hoje
- Avalie em que estágio sua equipe se encontra na jornada de business partnering;
- Utilize a automação para liberar tempo e focar em atividades estratégicas;
- Desenvolva habilidades de comunicação e influência para ampliar o impacto da área.
O primeiro passo é analisar o nível de maturidade atual da equipe em termos de parceria de negócios e identificar pontos de melhoria.
Adotar ferramentas de automação ajuda a eliminar tarefas manuais e permite que o time se dedique a atividades de maior valor agregado.
Além disso, investir no desenvolvimento da comunicação é essencial para que os profissionais financeiros consigam traduzir análises complexas em recomendações práticas e estratégicas para os líderes da organização.
Construindo um Roadmap para o Sucesso no Business Partnering Digital
Para construir uma jornada de sucesso rumo ao business partnering digital, os líderes financeiros devem priorizar:
- Investir nas tecnologias certas para otimizar processos;
- Capacitar suas equipes em análise de dados e comunicação estratégica;
- Inserir profissionais de Finanças de forma mais profunda nas tomadas de decisão estratégicas.
O sucesso do business partnering digital depende da combinação entre tecnologia de ponta e expertise humana.
As organizações devem equipar suas equipes de Finanças com ferramentas analíticas modernas, promover uma cultura de aprendizado contínuo e garantir que Finanças tenha um papel ativo nas decisões críticas de negócios.
A Visão de Futuro para as Equipes de FP&A
Em cinco anos, os insights gerados por IA, a hiperautomação e a tomada de decisão em tempo real serão a nova norma.
Como afirma Anders Liu-Lindberg:
“Este é o momento mais empolgante para se estar na área Financeira.”
Organizações que abraçarem plenamente o business partnering digital irão:
- Ter equipes de Finanças integradas às discussões estratégicas desde o início;
- Utilizar insights preditivos baseados em IA para antecipar mudanças de mercado;
- Contar com a hiperautomação para otimizar tarefas rotineiras e impulsionar a produtividade.
A transformação já começou — a pergunta é: você liderará essa mudança ou ficará para trás?
FONTE: https://www.jedox.com/en/resources/ebook-future-digital-business-partnering/?utm_campaign=Region%20MEA&utm_content=330909528&utm_medium=social&utm_source=linkedin&hss_channel=lcp-231653