Maturidade dos Processos de Negócio. Qual o Problema?

O termo MATURIDADE é muito empregado na maioria das metodologias de gerenciamento e representa uma medida estratégica momentânea dos processos. Ela mede a situação atual dos processos considerando se possuem indicadores, se são normalizados e documentados, se possuem controles entre outras características. Em outras palavras, expressa se estamos sendo profissionais ou amadores, se estamos trabalhando com o cérebro ou apagando incêndios todos os dias. Maturidade é um termo forte e de grande impacto psicológico nos gestores responsáveis pelos resultados da nossa organização. Quanto maior a maturidade, melhor é o processo e quanto melhor o processo, melhor o produto/serviço gerado!

O amadurecimento da nossa organização está relacionado com o conhecimento que é continuamente incorporado aos processos e às pessoas que executam as atividades. Sabemos que os processos devem ser frequentemente revistos frente às constantes mudanças tecnológicas, econômicas e desejos de nossos clientes. Assim também os nossos colaboradores devem ser continuamente treinados, atualizados e motivados para acompanhar esta evolução. Eles é que são responsáveis em transformar o conhecimento tácito em conhecimento operacional (processo).

Apesar de ser uma medida muito importante e de elevado potencial gerencial poucas organizações adotam a maturidade como uma política efetivamente rotineira (salvo algumas empresas de TI). Então qual é o problema? Por que esta prática não caiu na rotina e na agenda gerencial? “É complicado definir a maturidade de cada processo. Não existem recursos para manter esta medida atualizada. A alta administração não acredita nesta medida. Ela não é tão significativa assim. As pessoas não sabem como utilizar e tomar decisões com os resultados da maturidade. Muita subjetividade para definição das metas da maturidade. O crescimento da maturidade não gera ganhos diretos aos executivos.” Estas são apenas algumas das respostas que podemos encontrar como sendo as causas do baixo índice de aproveitamento deste recurso.

Faz alguns anos que li a seguinte frase, não recordo quem escreveu, porém é pertinente para nossa questão atual: “Metodologia se adapta, não se impõe”. A realidade é que cada organização possui sua cultura, história, equipe e ambiente que a diferencia de todas as outras. Para termos sucesso na implantação de qualquer prática gerencial devemos “ajustar” os métodos teóricos e planejar um crescimento com o passar do tempo. Entre as metodologias mais recentes e utilizadas no mercado temos: Capability Maturity Model (CMM) e Capability Maturity Model Integration (CMMI), o CSC (Computer Sciences Corporation) Framework, Business Process Orientation Maturity Model (BPOMM) e o Supply Chain Management Maturity Model (SCMMM). Todas elas possuem os mesmos objetivos de melhorar os processos de negócio e também formas similares de medição e controle. O segredo está em começar simples e ir evoluindo nesta técnica de forma gradual e contínua.

Agora, como sugestão, vai uma dica: Relacione o modelo de maturidade com seu modelo estratégico (BSC) e a Cadeia de Valor. Desta forma você poderá realmente traduzir e informar a necessidade de melhoria no nível de maturidade atual com os rumos da empresa. As pessoas terão mais clareza e entendimento dos gaps existentes e a alta administração poderá visualizar e acompanhar os resultados.

Se você gostou destas informações clique em gostei e compartilhe para que mais pessoas possam aplicar esta técnica.

Até o próximo artigo.

Klaus Dieter Wachter

Compartilhe...